domingo, 8 de maio de 2011

Saiba Mais Sobre a Anorexia

A anorexia existe na literatura médica desde 1868. Sua expressão tem origem latina e significa "perda nervosa de apetite". Trata-se de um distúrbio alimentar caracterizado por uma série de recusas em relação a comida, na maioria das vezes seguida pela prática exagerada de atividade física que resulta em perda excessiva de peso e até mesmo em morte nos casos extremos (a mortalidade da doença pode atingir até 20% dos casos). Acredita-se que sua principal causa seja pressão social e psicológica para atingirem o corpo perfeito, principalmente em pré-adolescentes do sexo feminino.
Estudos mais recentes têm sugerido que a anorexia pode não ser causada somente por desordens psicológicas, mas também por heranças genéticas de uma deficiência física. Pesquisadores revelam que parentes de primeiro grau de pacientes com anorexia exibem um risco de aproximadamente 8 vezes maior de apresentar a doença do que a população geral.

PRINCIPAIS VÍTIMAS
  • Apesar dos homens não estarem livres de apresentar distúrbios alimentares, a anorexia é até nove vezes mais freqüente em mulheres do que em homens. De acordo com dados documentados, apenas cerca de 10% das pessoas diagnosticadas com anorexia ou bulimia são do sexo masculino. Os dados também indicam que aproximadamente 20% dos homens que têm desordens alimentares são homossexuais; O "Mental Health Foundation" estima que 1 entre 20 mulheres sofrerão alguns sintomas de transtorno alimentar futuramente.
    • O distúrbio alimentar é mais comum entre jovens. Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo e pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto dá a clara dimensão do problema: mais de 50% das adolescentes em idade escolar apresentam algum tipo de comportamento de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares (acredita-se que as mais jovens estão mais vulneráveis a essa doença devido as pressões sociais a que são submetidas); mas, quando a anorexia ataca os idosos, é sempre mais fatal, representando 78% das mortes por anorexia nervosa. Com relação as crianças, a doença é encontrada na proporção de 1 para cada 20 mil;

    • A doença acomete mais freqüentemente classes sociais mais elevadas. A anorexia surge em 45% dos casos após dieta de emagrecimento e em 40% por ocasião de
      • Algumas profissões ligam a magreza às realizações, e populações especiais (notavelmente bailarinas e modelos) demonstram ter um risco mais alto para o desenvolvimento de transtornos alimentares.

      SINTOMAS

      Veja alguns sinais que indicam a presença da anorexia nervosa:
      1. Perda excessiva de peso em período de tempo relativamente curto;
      2. Continuar regime alimentar, apesar de emagrecimento extremo;
      3. Insatisfação com a aparência, crença de estar acima do peso mesmo estando excessivamente abaixo do peso;
      4. Interrupção da menstruação;
      5. Interesse exagerado por alimentos e desenvolvimento de estranhos rituais alimentares;
      6. Comer em segredo;
      7. Obsessão por exercícios físicos, especialmente os aeróbicos;
      8. Depressão (estudos revelam que 30% das pacientes anoréxicas apresentam depressão);

      CONSEQUÊNCIAS

      Quando a perda de peso continua por semanas pode ocorrer:
      1. depleção de vitaminas e minerais;
      2. incapacidade de algumas glândulas corporais de exercer suas funções;
    • Interrupção da menstruação;
    • Alteração do funcionamento cardíaco;
    • Sinais clínicos de desnutrição grave como extrema magreza, edema (inchaço) generalizado;
    • Perda de cabelos e alterações em unhas.
    • Alterações pelo uso prolongado e inadequado do laxante;
    • Lesões renais pelo uso de diuréticos;
    • Lesões nos dentes, no estômago e no esôfago, devido aos vômitos que podem estar presentes em algumas pacientes com anorexia nervosa.

    • TRATAMENTO

      É ainda discutível o efeito do tratamento sobre a evolução final a longo prazo da doença. Alguns estudos verificaram que 40% dos pacientes recuperaram-se, 30% melhoraram, 20% permaneceram cronicamente afetados e 10% morreram em consequencia da doença. Problemas de alimentação persistem em mais da metade desses pacientes. É sabido que quanto mais cedo o diagnóstico e a intervenção, melhor é o prognóstico e também que os homens tem um prognóstico menos favorável que as mulheres. Apenas 20% dos pacientes não apresentam recaídas.
      Psicoterapia: deve ser iniciada de preferência logo que constatado o problema. Os fatores psicológicos estão ligados ao fato de que as anoréxicas se imaginam sem liberdade, sem autonomia, controladas demais pela família, mesmo que objetivamente não o sejam, pois ao mesmo tempo que anseiam pela liberdade elas próprias criam seu "pequeno mundo".
      Suporte nutricional: necessário para que o quadro de deficiência seja revertido bem como para adaptar o paciente à nova forma de alimentação. Como eles dificilmente notam a gravidade da doença que conduzem, os anoréxicos o papel do Nutricionista durante o tratamento requer muita paciência. O Nutricionista deve ser mais cúmplice do paciente do que um profissional teórico. Muitas vezes, acompanhá-lo numa refeição ou trocar receitaspode aproximar o paciente da cura, ou no mínimo do controle da desnutrição. o objetivo deste profissional é re introduzir alimentos que satisfaçam as necessidades nutricionais sem perder o controle de peso, mantendo a adesão à dieta;
      A simples obrigação de seguir a dieta e ganhar peso, muitas vezes leva o paciente à esconder sintomas importantes no diagnóstico carencial, e até, burlar o peso corporal, como por exemplo anexando um pequeno chumbo às roupas íntimas, mostrando uma aumento de peso na balança.
      Apoio da família: a compreensão e colaboração é muito importante já cerca de 20-30% dos pacientes tratados terão problemas vitalícios com regimes irracionais e receios à alimentação;

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